Deixe-me chorar!
Só mais uma vez.
E assim,
Jogo pelo ralo
O que nunca foi meu,
O que não esteve em mim.
Deixe-me aqui!
Para que possa,
Sozinho,
Buscar a cura.
Deixe-me, somente!
E antes que possa me ver,
Estarei livre.
Deixe-me!
Pois a ilusão é espelho
De um íntimo louco.
Esqueça-me!
Só assim
Não serei contagioso.
Esqueça-me!
E antes que o ouro
Seja a perdição,
Estarás salvo.
Esqueça-me!
Pois em mim
Só esquecimento há.
E nas estradas do Universo,
Na rede cega que me leva,
Eu, mais uma vez
Diante de você,
Possa, com toda a loucura
Que me habita,
Sem medo e só entrega,
Repetir: Te amo!
E será tão etéreo,
Que no próximo olhar
Já não estarei lá.
E os caminhos se seguirão.
Até que forças, além de mim,
Tragam-me toda a dor:
Da vontade tornada nula,
Do desejo findado.
Mas mesmo assim,
Sobreviverei
Longe de tudo isso.
E minha alma cansada,
Encontrará, finalmente,
Abrigo.
Um comentário:
Olá Eduardo,
Gostei muito do seu blog...essa poesia, em especial, me tocou bastante.
Ah, aproveitando a oportunidade, convoco vc a torcer hj pelo SPFC no jogo da final da Libertadores...rsrsrsrrs.
Bjão.
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