7 de julho de 2006

Eu e o mundo

É engraçado como para mim as coisas do mundo não fazem em sentido. Eu vivo. Eu sigo uma rotina, que é muito fácil de ser alterada. Sou até constante. Mas, às vezes, paro e penso nas coisas do mundo (...) E elas não fazem sentido algum. O mundo é incompleto. Eu sou incompleto. O mundo não é racional. A solidão não é racional. A paixão, a dor, o medo, a felicidade, a fé, nada faz sentido. São, a meu ver, criações mentais, projeções, mentiras que se tornaram verdades. Há algum tempo, no passado, quando li sobre o Mundo das idéias e como Platão concebia o mundo, parei em frete a um Ipê amarelo (que estava muito florido) e fiquei, alguns minutos, fixado no Ipê. Tentava, quase desesperadamente, conceber, ver aquele Ipê no Mundo das idéias, pois, segundo Platão, tudo em nosso mundo seria uma cópia mal feita desse outro mundo. Talvez por isso, o mundo não faça sentido. Acho que, sem perceber, eu paro frente a alguns fatos do mundo e tento, desesperadamente, ver o mundo das idéias, para que façam sentido. Acho que ainda não consegui.

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