3 de julho de 2006

Ariadne

Ser sim,
Ser não.
Um olhar,
Um universo,
Sensações.

E o que era certo,
Racional,
Equilibrado,
Agora,
Sem o antes,
Sem o depois.

Na impossibilidade do Agora.
Na imensidão do que está por vir.
Na dor anunciada.
No não saber Amar.
No labirinto,
Onde Teseu não se perdeu,
Mas Ariadne,
Ainda agora,
Tenta encontrar a saída.

Ela que distante forneceu a sua vida ao seu Amor.
Ela que agora, mais distante,
Volta ao Labirinto.
Não tem Amor,
Não tem guardião.

Ela só encontra
A dor
De Caminhar sozinha.

Ela e a Solidão.
Ela e a Ilusão.
Ela sem ele.

Já não é outra,
Ela é inteira
Ela.

Ariadne, Quantos ainda chorarão a sua Dor?


Ariadne, por quanto tempo ainda teremos os semblantes como os teus?

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