Se há um caminho...
Já não posso seguí-lo,
Ou ainda trilhá-lo.
Sou por demais outro,
Vivo por demais distante,
A liberdade externa
Do interior em constante conflito.
Mas não há outro!
Só há o agora.
Se é triste?
Se sou eu?
Que caminho é esse,
Que tanto neguei,
Que tanto não quis,
Que caminho?
Porque as respostas
Estão tão
Distantes?
Porque não posso
Morrer na praia
Sozinho
Pelo caminho que não é meu?
Porque a escolha dói mais ainda que agora?
Porque ainda devo ser noturno
Quando o que quero é o dia?
Porque lua
Quando o que quero
É o sol?
Quantas noites até amanhã?
Quantos eus até anoitecer novamente?
De onde vem essa luz
Que turva os meus olhos?
De onde vem tanta dissimulação?
Se caminhar é isso,
Nego-me.
Paro aqui,
Não há mais motivos.
Pare!
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