18 de abril de 2006

Caminho da noite

Se há um caminho...
Já não posso seguí-lo,
Ou ainda trilhá-lo.

Sou por demais outro,
Vivo por demais distante,
A liberdade externa
Do interior em constante conflito.

Mas não há outro!
Só há o agora.
Se é triste?
Se sou eu?

Que caminho é esse,
Que tanto neguei,
Que tanto não quis,
Que caminho?

Porque as respostas
Estão tão
Distantes?
Porque não posso
Morrer na praia
Sozinho
Pelo caminho que não é meu?

Porque a escolha dói mais ainda que agora?

Porque ainda devo ser noturno
Quando o que quero é o dia?

Porque lua
Quando o que quero
É o sol?

Quantas noites até amanhã?
Quantos eus até anoitecer novamente?
De onde vem essa luz
Que turva os meus olhos?
De onde vem tanta dissimulação?

Se caminhar é isso,
Nego-me.
Paro aqui,
Não há mais motivos.

Pare!

Nenhum comentário: